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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

PF prende quadrilha de traficantes que tentou comprar uma empresa de Youssef

Uma denúncia da agência antidrogas americana levou a Polícia Federal aos traficantes
VINICIUS GORCZESKI * No dia 7 de julho do ano passado, em um galpão em Rio Claro, interior de São Paulo, Walter Fernandes e o motorista Marcelo Mondini acertavam seus negócios. Terminada a conversa, Mondini ligou seu caminhão e saiu com a carga a ser entregue no litoral paulista. Em Ipeúna, a 24,5 quilômetros dali, Mondini foi surpreendido pela Polícia Rodoviária. Ele e Walter eram fotografados e seguidos desde Rio Claro por agentes da Polícia Federal. Entre as peças de porcelanato que Mondini carregava, acomodados em paletes, estavam escondidos milhares daqueles tradicionais pacotinhos em forma de tijolo, que os policiais conhecem bem, recheados com pó branco de odor característico. Um laudo comprovaria que eram 1.180 quilos de cocaína pura. Na Europa, valeriam US$ 60 milhões – ou R$ 230 milhões. Quando os policiais voltaram ao galpão para analisar a origem da carga, descobriram um laboratório com balança de precisão, máquinas industriais e embalagens com resíduos de cocaína. Walter havia sumido. Se a carga não tivesse sido apreendida, chegaria dias depois a Portugal.

CARGA CONHECIDA
A cocaína apreendida com a quadrilha e trechos da investigação. Uma denúncia da agência antidrogas americana levou a Polícia Federal aos traficantes (Foto: Polícia Federal)

Os agentes foram ao galpão porque, em 23 de junho, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília enviara um envelope para a sede da Polícia Federal (PF) com um pedido de colaboração. Redigido em português e assinado por Douglas Margini, então adido no Brasil da Drug Enforcement Administration (DEA), a agência antidrogas dos Estados Unidos, solicitava uma investigação sobre o libanês Mohamad Ali Jaber. Rico em detalhes, o despacho dizia que Jaber era “líder de uma organização de tráfico de drogas internacional com base em São Paulo”, responsável por carregamentos de “centenas de quilos de cocaína” produzidos por um cartel da Colômbia, preparados em Rio Claro pelo brasileiro Walter Fernandes e exportados pelo Porto de Santos por obra dos “traficantes” brasileiros Nivaldo Aguillar e Andrew Balta Ramos. Mais em http://epoca.globo.com/tempo

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