Para a ex-senadora, o diálogo entre os dois ex-presidentes é importante para o Brasil recuperar a estabilidade política. Segundo ela, há quem esteja disposto a “trocar o futuro do país por uma eleição”
REDAÇÃO ÉPOCA
Marina Silva (Foto: Daryan Dornelles/Editora Globo)
A ex-senadora Marina Silva (Rede- AC) disse ao G1 que a saída para a crise política que o Brasil enfrenta deve passar pelo estabelecimento de diálogo entre Lula e FHC. De acordo com ela, enquanto presidentes, os dois foram capazes de firmar acordos com figuras políticas controversas em prol da governabilidade. Um acordo entre PT e PSDB, agora, é importante para a estabilidade política e econômica do Brasil e deve ser encabeçado pelos dois ex-presidentes. Para ela, é hora de os dois darem uma trégua às divergências pessoais: "Está na hora de o presidente sociólogo e o presidente operário conversarem. Se foi possível Fernando Henrique conversar com ACM, se foi possível Lula conversar com [José] Sarney, [Fernando] Collor, Renan [Calheiros], Jader Barbalho e Eduardo Cunha, por que não é possível conversarem dois ex-presidentes da República para que possamos viver os últimos suspiros da polarização?", disse Marina.
Segundo ela, a instabilidade política contamina a economia e afasta investidores. Para ela, um encontro entre Lula e FHC não seria visto como um “pacto pela impunidade”, mas como “um pacto de responsabilidade”. "Ex-presidentes estão aí para assumir o papel de ex-presidentes e ajudar o país a sair do caos", afirmou.
Marina também disse que as quedas de braço constantes entre governo e oposição indicam que há pessoas dispostas a trocar o futuro do Brasil “por uma eleição”.
Ao falar sobre Eduardo Cunha – o Rede Sustentabilidade foi um dos partidos que apresentaram representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado – Marina voltou a defender o afastamento do peemedebista da presidência da câmara.
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