O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a dar explicações sobre a proposta de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mais conhecido como imposto do cheque. Em entrevista concedida à TV NBR na noite de terça-feira, o ministro afirmou que o imposto é "pequenininho", que "não bate na inflação" e que "todo mundo paga - rico, pobre e todas as empresas". "Na verdade é um imposto pequenininho. Dois milésimos, né? Se você for comprar alguma coisa que custa 10 reais, você vai pagar 2 centavos. Se for pagar 100 reais, você vai pagar 20 centavos", disse o ministro. A declaração busca aplacar a resistência do Congresso à proposta, que precisa ser aprovada pelos parlamentares. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já disse que a CPMF é "insuportável" e nem parlamentares petistas acreditam que ela vai passar no Legislativo. O governo, por sua vez, espera arrecadar 32 bilhões com a ressurreição do tributo, que incide sobre todas as movimentações financeiras feitas por pessoas físicas, desde saques em dinheiro a pagamento da fatura do cartão de crédito. O valor representa quase a metade da economia prevista no pacote fiscal anunciado pelos ministro da Fazenda na última segunda-feira. Dada a sua imagem negativa, Levy reforçou que o imposto deve ser provisório, só "para ajudar a fazer a travessia para o outro Brasil que a gente quer".
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