No vídeo que mostra um trecho da entrevista à rádio Itatiaia, Lula ensina que a oposição tem que ter paciência, conformar-se com o resultado da eleição de outubro, aguardar a próxima e deixar a presidente a governar em paz. Foi o que o doutor honoris causa em cinismo jurou ter feito em 1989, 1994 e 1998. derrotado, recolheu-se ao lar em silêncio e calado ali ficou nos quatro anos seguintes.
Ministrada em apenas 55 segundos, a aula magna de vigarice foi reprisada no sermão da missa negra celebrada em Montes Claros. “Eu gostaria que todos aqueles que todo santo dia inventam um golpe pra tirar a Dilma aprendessem a respeitar a democracia”, fantasiou o pregador malandro. “Se eles querem o poder, que esperem 2018″. É muita mentira para uma viagem só.
Os fatos informam aos berros que Lula jamais engoliu a vitória de Fernando Collor, muito menos as duas surras consecutivas, ambas no primeiro turno, que Fernando Henrique Cardoso lhe aplicou. Enquanto jogou na oposição, o PT nunca respeitou o apito final. Terminada a apuração, o chefão do partido invalidava a decisão popular e ordenava o início da prorrogação que se estenderia por quatro anos.
Ninguém exigiu o impeachment de Collor com tanta selvageria . Nenhuma oposição foi mais intransigente que a liderada por Lula nos oito anos de governo Fernando Henrique. Em 1995, ainda apostando no fracasso do Plano Real, o ressentido sem cura ainda atribuía a um “estelionato eleitoral” o nocaute que sofrera em outubro de 1994. Em janeiro de 1999, ainda grogue com a segunda sova, entusiasmou-se com a palavra de ordem lançada por Tarso Genro: “Fora FHC”. Leia tudo em http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes
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