Entidades representativas de jornais, de emissoras de rádio e TV e institutos de pesquisa criticaram projeto aprovado pelo Senado que proíbe os institutos de prestar serviços a veículos de imprensa e, simultaneamente, a partidos políticos ou órgãos de administração pública.
A proposta faz parte da redação final do projeto de reforma política, aprovado nesta terça-feira (9) pelo Senado e que agora terá de passar pela Câmara.
A proposta também impede que os órgãos de imprensa contratem empresas de pesquisa que tenham prestado serviços a legendas partidárias ou a órgãos da administração pública direta e indireta nos 12 meses anteriores às eleições. A medida, de acordo com a proposta, vale para órgãos ligados ao Executivo e ao Legislativo.
Para a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o projeto representa um "retrocesso" e retira dos cidadãos "o direito à informação".
"A mudança na legislação vai na contramão da história. Em vez de melhorar a metodologia das pesquisas, impõe uma limitação à imprensa", diz a associação em nota.
O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, afirmou que que o projeto "contraria o direito da sociedade de ser amplamente informada sobre o cenário eleitoral". Para ele, os jornais têm o direito de contratar as pesquisas que considerarem "adequadas". LEIA MAIS »
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