Apesar de o Brasil ter a maior carga tributária entre os países emergentes, o governo prepara um novo aumento de impostos, em vez de fazer a lição de casa e cortar gastos
JOSÉ FUCS COLABORARAM ALANA RIZZO E RICARDO DELLA COLETTA, DE BRASÍLIA
Desde sua indicação pela presidente Dilma Rousseff, em novembro de 2014, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem sido um defensor incansável do corte de gastos do governo. Deve-se dizer também, a seu favor, que ele jamais negou que, além de cortar despesas, o governo poderia recorrer ao aumento de impostos para tirar as contas públicas do vermelho. “Possíveis ajustes em alguns tributos serão também considerados”, disse Levy em sua primeira entrevista coletiva como comandante da economia, em janeiro.
Com um rombo considerável no Orçamento, reconhecido formalmente por Dilma no final do ano passado, era até previsível que o aumento de impostos acabasse mesmo acontecendo. O que talvez não se esperasse era que a tungada fosse se tornar, mais uma vez, a principal âncora do ajuste fiscal do governo – uma fórmula usada tantas vezes no passado recente e nem tão recente assim, com resultados perversos na economia do país. Em vez de se concentrar em apertar o cinto, como seria desejável, o governo deverá repassar novamente a maior parte da fatura aos contribuintes. De um jeito ou de outro, os pagadores de impostos sempre acabam pagando a conta quando falta dinheiro para cobrir as estripulias oficiais. “Já cortamos tudo o que podia ser cortado”, disse Dilma, no começo do mês, ao ser questionada sobre a realização de novas reduções de gastos. Leia tudo em http://epoca.globo.com
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