Imagem Empolgado pelo apoio maciço da torcida e após ter feito a melhor campanha da primeira fase, o Chile buscará nesta quarta-feira a classificação para as semifinais da Copa América, fase a qual não chega desde 1999, mas para isso terá que eliminar o Uruguai, carrasco de anfitriões. http://esportes.terra.com.br
A três partidas de um título inédito, 'La Roja' entrará em campo no Estádio Nacional, em Santiago, precisando passar pela equipe bicampeã mundial, que estragou a festa das torcidas locais nas duas últimas edições do torneio continental, ambas as vezes justamente nas quartas.
Em 2007, a Venezuela, que jogava em casa, também se classificou como líder de chave, mas viu o sonho de uma conquista histórica parar em uma goleada da 'Celeste' por 4 a 1 em San Cristóbal. Na edição seguinte, há quatro anos, a vítima dos uruguaios foi a Argentina, com uma derrota nos pênaltis em Santa Fé.
A equipe dirigida por Óscar Tabárez se classificou com certa dificuldade, com o terceiro lugar do grupo B, atrás de Argentina e Paraguai. No entanto, o caráter "copeiro" da seleção charrua está fora de discussão.
O Uruguai nunca perdeu uma partida de quartas de final de Copa América. Na única vez em que foi eliminado nessa fase, em 1993, empatou em 1 a 1 e só não avançou por ter levado a pior nos pênaltis diante da Colômbia.
O Chile, por outro lado, carrega o rótulo de equipe que abaixa a cabeça na hora da verdade e foi derrotado nas três últimas vezes em que esteve entre os oito melhores, em 2001, derrubado pelo México, 2007, goleado pelo Brasil, e 2011, quando foi surpreendido pela Venezuela.
No entanto, os chilenos estão convencidos de que desta vez será diferente graças ao apoio dos torcedores e ao otimismo gerado pela trajetória ascendente na fase de grupos, que culminou com uma goleada sobre a Bolívia por 5 a 0.
Aparentemente, o elenco do técnico Jorge Sampaoli superou o escândalo envolvendo o meia Arturo Vidal, que passou uma noite na delegacia após dirigir sob efeito de álcool e sofrer um acidente de trânsito nos arredores de Santiago.
Dentro de campo, Sampaoli enfocou nos últimos treinamentos a preparação da defesa para jogadas aéreas, principal arma do Uruguai e ponto fraco de 'La Roja', cuja retaguarda conta com atletas baixos.
Apesar dessa preocupação, o treinador argentino não deverá realizar grandes mudanças na escalação. A única dúvida está na lateral esquerda, em que Beausejour e Mena, do Cruzeiro, disputam posição.
Além de Mena, Sampaoli conta com outros dois jogadores que atuam no Brasil, o volante Aránguiz, do Internacional, e o meia Valdivia, do Palmeiras. Beausejour já defendeu o Grêmio, além de Vargas, atacante titular do time. Pinilla, ex-Vasco, ficará no banco.
No Uruguai, a preocupação é o ataque. A bicampeã mundial marcou apenas dois gols na primeira fase, ambos em jogadas de bola parada. Para piorar, o principal jogador do elenco, o centroavante Cavani, vive um problema pessoal. Seu pai, Luis Cavani, se envolveu em acidente com morte ao dirigir sob efeito de álcool e foi preso.
Segundo declarações a mãe do atleta do Paris Saint-Germain, Berta Gómez, à rádio uruguaia "1010AM", ele não viajará para Montevidéu e continuará a serviço da seleção.
Dessa forma, Tabárez terá apenas uma baixa, a do lateral-esquerdo Álvaro Pereira. O ex-jogador do São Paulo está suspenso e será substituído por Jorge Fucile, ex-Santos.
Prováveis escalações:
Chile: Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena (Beausejour); Aránguiz, Díaz, Vidal e Valdivia; Vargas e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.
Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Godín, Giménez e Fucile; Sánchez, Arévalo Ríos, González e Lodeiro; Rolán e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.
Árbitro: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Emerson de Carvalho e Fábio Pereira.
Estádio Nacional, em Santiago. http://esportes.terra.com.br
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