Manifestantes gregos queimam a bandeira da União Europeia. Em Thessaloniki, Grécia (Foto: AP)
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, comunicou, neste domingo (28), que os bancos em todo o país estarão fechados na segunda-feira, sem data definida para voltar a funcionar. De acordo com o jornal o Globo, o conselho de estabilidade financeira recomendou que os bancos continuem fechados por até seis dias. O governo também impôs o controle de capitais, mas não deu detalhes, por ora, sobre a medida. Segundo o primeiro ministro, os salários, poupanças e aposentadorias da população estão assegurados.
A bolsa de valores de Atenas também não vai operar amanhã, um dia antes do fim do programa de resgate da economia grega, data em que vence uma dívida de € 1,6 bilhão que a Grécia tem com o Fundo Monetário Internacional. Tsipras disse que pediu aos credores que o prazo do pagamento seja estendido por mais alguns dias. Está marcado para o dia 5 de julho um referendo em que o povo grego decidirá se aceita a proposta dos credores – em troca de € 15,5 bilhões, eles pedem corte de gastos e aumento dos impostos. Os gregos decidirão se o país deve ou não aceitar esses termos.
Se o pagamento ao FMI não for feito até terça-feira, há dois cenários possíveis. O Fundo pode considerar que a Grécia deu calote ou está em atraso. Para o governo grego e para algumas autoridades da União Europeia, o segundo cenário é o melhor. Se a Grécia for considerada em atraso, o Banco Central Europeu poderá continuar a financiar os bancos gregos. A diretora-executiva do FMI, Christine Lagarde, defendeu “uma abordagem equilibrada” à crise em comunicado neste domingo.
Mais de um terço dos caixas eletrônicos da Grécia ficaram desabastecidos no sábado devido à correria dos gregos para sacar dinheiro, temendo que o país saia da zona do euro, segundo fontes do setor bancário. À Reuters, uma fonte afirmou que cerca de € 600 milhões teriam sido sacados apenas no sábado.
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