Brasília - A publicação de trechos da delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, deu força à ala do PMDB que defende maior afastamento do governo. Com aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o grupo pede a saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política da gestão Dilma Rousseff (PT) após a conclusão das votações do ajuste fiscal.
Integrantes da legenda avaliam que as acusações jogaram a crise para dentro do Palácio do Planalto, uma vez que dois ministros - Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) - foram citados pelo delator. Nesse sentido, continuar apagando os incêndios do governo, ainda mais com o ressurgimento da discussão de um possível impeachment, só traria prejuízos ao PMDB. A legenda tem parlamentares investigados pela Operação Lava Jato, incluindo o próprio Renan e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
A articulação já foi mapeada por aliados de Temer, que agem para controlar o movimento. Para eles, qualquer ação nesse sentido seria precipitada e retiraria o suporte político da equipe econômica em um ano difícil. Mais em O ESTADO DE S. PAULO
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