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terça-feira, 30 de junho de 2015

Doméstica foi usada como laranja para desvios de R$ 622 mil na Câmara

Foto: Reprodução / MP
Parte de denúncia do Ministério Público Federal contra os ex-deputados Pedro Corrêa e sua filha, Aline Corrêa, ambos do PP, a empregada doméstica Reinasci Cambuí de Souza teve que prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro na última sexta-feira (26). Ela foi usada para desviar R$ 622 mil da Câmara dos Deputados, apesar de nunca ter trabalhado na Casa Legislativa. “Seu Ivan pegou meus documentos uma vez e levou para a Câmara. Só que eu nunca trabalhei na Câmara, não, e nunca recebi salário da Câmara, não. Eu trabalhava na casa do Ivan Vernon (então assessor de Pedro Corrêa), de empregada doméstica”, disse Reinasci à Justiça Federal, em audiência por videoconferência. “Eu sempre confiei nele, trabalhei 17 anos com ele.” De acordo com o Estadão, os Corrêa e Ivan Vernon respondem por peculato. Pelos cálculos da Procuradoria da República, o valor indevidamente desviado e apropriado pelos denunciados a título de remuneração paga indevidamente a Reinasci alcança o valor mínimo de R$ 246.663,29, entre 11 de junho de 2003 e 15 de março de 2006, e de R$ 375.734,47 entre 11 de outubro de 2007 e 31 de maio de 2012, em um total de R$ 622.397,76, em valores não atualizados. Reinasci foi nomeada para o cargo de Secretária Parlamentar em duas ocasiões. Segundo registros da Câmara, ela teria trabalhado para os ex-parlamentares Pedro Corrêa, entre 2003 e 2006, e depois para Aline Corrêa, entre 2007 e 2012. O ex-deputado está preso preventivamente desde 10 de abril pela Lava Jato. Sua filha responde ao processo em liberdade. BN

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