por Cláudia Cardozo**Davi Gallo | Foto: Divulgação / MP-BA
O promotor de Justiça Davi Gallo, responsável pelo inquérito sobre as 12 mortes no Cabula, afirmou ao Bahia Notícias que o procedimento do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para responsabilizar os autores dos homicídios já foi concluído. O promotor afirmou que, “por enquanto, é só uma ação penal contra agentes, contra algumas pessoas”, que seriam os policiais da Rondesp, envolvidos no caso. Gallo diz que o Estado da Bahia ainda não será acionado como réu pelas mortes na Vila Moisés. A ação será entregue à Justiça na próxima segunda-feira (18). Segundo o promotor, a equipe responsável pela ação confeccionará a peça acusatória nesta semana e que ainda não tem um número exato de réus na ação penal. “Como o trabalho é feito em equipe, nós vamos nos reunir e ver quantos são. Não podemos lhes dizer o número exato, e nem quem são. Por enquanto, não”. Sobre o prazo que o processo deve durar na Justiça, o promotor não sabe dimensionar, mas avalia que não será rápido. “Um processo dessa magnitude não vai ser um processo rápido. Depende muito do juiz que vai conduzir. Nós vamos oferecer a denúncia e pugnar pela condenação dos responsáveis”, diz. A ação tramita na Vara do Júri e os acusados, se a denúncia for aceita pela Justiça, poderão ser levados a júri popular pelos homicídios. Davi Gallo diz que ainda não pode dizer se os réus serão acusados de cometer homicídio qualificado e afirmou que a informação divulgada pelo jornal El País, de que os acusados responderão por homicídio triplamente qualificado, é equivocada. Eles a teriam dado “por conta própria”. “Nós vamos ver se há qualificadores e quais são”, pontua. O promotor ainda diz que aguarda os inquéritos da Corregedoria da Polícia Militar e da Polícia Civil, que correm paralelamente ao do MP. “Nós estamos esperando, aguardando a chegada deles. Eles vão ser acostados ao processo, todos os dois”, declarou o promotor. Apesar de ainda não ter recebido os inquéritos da Polícia, o promotor diz que isso não retarda o ingresso da ação e acredita que o resultado deles não será diferente ao do MP. “Eu creio que não. A verdade é uma só. Eles devem concluir pelo mesmo que nós concluímos. As provas são as mesmas”. Questionado pelo Bahia Notícias sobre a possibilidade de ter havido execução na Vila Moises, o promotor disse que prefere não se pronunciar ainda. “Esse termo eu ainda não posso usar, porque ainda não fizemos a peça”, finaliza. BN
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