Questionado eticamente por causa do mensalão e do Petrolão, sem o protagonismo político no Congresso — “eles só ganham uma quando nós temos pena”, afirmou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — e com a presidente da República refugiada para não ser hostilizada publicamente, o PT perdeu, nas palavras dos próprios petistas, a capacidade de inovar, enredando-se nos próprios problemas, o que agrava ainda mais o fosso onde a legenda está afundada. Reportagem do jornal Correio Braziliense mostra que, a um ano do início das eleições municipais de 2016, o PT admite que as perspectivas a longo prazo são sombrias. “Estamos em uma agenda difícil, que não conseguimos superar. Se não atravessarmos esta fase, não poderemos falar de futuro. E nós precisamos falar de futuro, de investimentos, de virada de página”, admitiu o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). A agenda difícil a que Delcídio se referiu inclui a aprovação do ajuste fiscal em tramitação no Congresso. E as medidas só agravam o pesadelo petista. Os aliados — incluindo o historicamente fiel PCdoB — cobraram dos petistas que “mostrassem a cara e defendessem o ajuste”, não deixando aos demais partidos da coalizão a pecha de responsáveis por ferir os direitos dos trabalhadores. Na última quarta-feira (6), durante a votação da MP 665, que altera as regras do seguro-desemprego e do abono salarial, choveram sobre a cabeça dos deputados notas falsas de dólar com as esfinges de Dilma, Lula e do ex-tesoureiro da legenda João Vaccari Neto com a expressão “Ptrodollar”. No dia anterior, durante a propaganda eleitoral na televisão, um discurso datado, repetindo o mantra de inclusão social e manutenção de empregos, pouco empolgou os parlamentares. Leia mais AQUI.
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