por Renata Farias/BN**Foto: Shutterstock
O dia das mães é comemorado, neste domingo (10), por muitas mulheres do Brasil. No entanto, algumas não podem realizar seu desejo de ser mãe devido a diferentes fatores com influência direta sobre a fertilidade. Uma das formas que possibilitam a maternidade a essas mulheres é a fertilização assistida, por meio da qual são realizados tratamentos referentes a cada problema. "A infertilidade afeta cerca de 15% dos casais. Entre as razões, 40% são de responsabilidade do homem, 40% de responsabilidade da mulher e, em torno de 20%, a problemas desconhecidos. Hoje as técnicas de fertilização assistidas criam uma possibilidade muito ampla de que aconteça a gravidez por técnicas mais simples ou mais complexas", explicou o ginecologista e especialista em reprodução humana Joaquim Lopes. Entre os problemas mais comuns ligados à mulher estão a idade, que reduz a função reprodutiva, problemas tubários, obstrução das trompas, principalmente causada por infecções pélvicas, endometriose e problemas pós-cirúrgicos. Há ainda questões ligadas à alimentação, exercícios físicos, consumo de cigarro e álcool e estresse. Para realização do procedimento, é necessário um exame detalhado tanto no homem quanto na mulher, que indicará a real chance de sucesso. "No ano passado [2014], os resultados [em procedimentos de fertilização assistida] aqui no Brasil foram promissores. Alcançamos uma taxa de gestação de quase 45% para mulheres entre 31 e 35 anos e de 40% para pacientes na faixa etária de 40 anos. Isso revela o quanto temos avançado em termos de tecnologia e profissionais avançados", avaliou o ginecologista especialista em Medicina Reprodutiva Assumpto Iaconelli Junior, diretor do Fertility Medical Group. De acordo com Iaconelli, um método experimental desenvolvido em laboratório busca reunir uma quantidade suficiente de embriões para a possibilidade de escolha daquele em melhor estado. "Ainda é experimental, mas sua utilização na rotina laboratorial deve ocorrer muito em breve. Com esse método, temos conseguido aumentar para 70% ou 80% as chances de sucesso", contou. Já Joaquim Lopes aplica, em spacientes a partir de 40 anos, o Protocolo de Shangai, técnica desenvolvida na China que promove uma dupla estimulação ovariana em mulheres com um número reduzido de óvulos. "É uma das alternativas para a mulher mais idosa, que tem uma função ovariana bastante reduzida. Nós temos tido respostas muito satisfatórias", disse. Para Lopes, "não existe tratamento ideal para todas as mulheres, já que cada uma exige uma atenção e modelo de tratamento especial", concluiu.
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