O aperto geral nas finanças, que está fazendo a atual equipe econômica está trazendo entre as piores consequências o aumento do desemprego. E, rapidamente, enquanto a recessão se instala lentamente. Ou seja, o desemprego subiu de 6,5% em dezembro para 7,9% em março. Em três meses, ele subiu 21,5%. A desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos chegou a 17,6%. Também, como grande reflexo disso, a popularidade da presidente Dilma, de ótimo a bom, caiu de 41% para 13%. Na posição anterior, somados os de opinião de que ela é regular, levava-a a folgada aprovação. Na atual posição, admitido o mesmo critério, ela está bastante reprovada. Não pode sair na rua sem ser vaiada. Ontem, esperada no Rio de Janeiro, para comemorar os setenta anos da segunda guerra mundial, perante o monumento aos Pracinhas, ela faltou, fazendo cerimônia reservada com o exército de Brasília. Antes, sequer fez pronunciamento no dia primeiro de maio, dia do trabalhador. Na propaganda do PT na televisão no dia 5 passado, a presidente não apareceu. O ex-presidente Lula fez um pronunciamento contra o anteprojeto da terceirização, já aprovado pela Câmara. Houve um panelaço em inúmeras cidades Brasil afora. A popularidade de Lula caiu 21% nas pesquisas. Se continuar defendendo o PT, cairá mais. Aliás, caem os três em aprovação: Dilma, Lula e o PT.
A ata do Banco Central, sobre a reunião do COPOM de março, na qual foi elevada a taxa básica de juros de 12,75% para 13,25% ao ano, está indicando que o aumento dos juros não terminou na semana passada. Portanto, está havendo mais aperto monetário para conter a escalada inflacionária. Na verdade, desde 2013 que o BC eleva a taxa básica de juros. Parece que agora a inflação teve recuo em março, embora neste quadrimestre o próprio governo reajustasse as tarifas públicas em elevados níveis, de energia elétrica, água, combustíveis, dentre outros. Por isso mesmo colheu em janeiro 1,24%; em fevereiro 1,22%; em março 1,32%; em abril 0,71%. Até agora a inflação anual está em 4,56%. Portanto, em quatro meses já ultrapassou o centro da meta. Para o quadrimestre é a maior taxa desde 2003, acumulada em 8,17%.
O quadro geral é de que o desemprego ainda continue caindo, porque a taxa SELIC ainda subirá. Até quando? por Paulo Brito
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