A Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregou, na manhã desta quarta-feira (10), à presidente Dilma Rousseff o trabalho por ela realizado em dois anos e sete meses, reunidos em 3.389 páginas. A CNV dá, assim, o seu trabalho por concluído, depois de tomar 1.120 depoimentos da época de terror que tomou conta do País durante o regime militar, iniciado em 1964 e findado, com o advento da democracia, em 1985. De certo modo, a ditadura caiu por seus erros, torturas, perseguições, assassinatos de um grupo de brasileiros que lutaram pela liberdade. A queda foi uma consequência do desgaste, que deixou o País esfacelado na última fase do período de terror, comandado então pelo general João Batista de Figueiredo, uma figura menor. Na conclusão dos trabalhos, a Comissão fez 30 recomendações, entre as quais o fim das Polícias Militares, a exigência de que as Forças Armadas assumam a sua responsabilidade durante o período de trevas, a proibição de comemorar aniversários da ditadura e a revogação da Lei de Segurança Nacional. Recomenda, ainda, 17 medidas institucionais, oito mudanças de leis ou da Constituição, e quatro para se dar seguimento ao trabalho da Comissão da Verdade. por Samuel Celestino/BN
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