Vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas - Gustavo Lima/Câmara dos Deputados/VEJA
A Câmara dos Deputados cassou nesta quarta-feira o primeiro mandato de um parlamentar flagrado no maior propinoduto já descoberto no país. Por 359 votos a favor e seis abstenções, o paranaense André Vargas, filiado ao Partido dos Trabalhadores até abril, perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar. O único voto pela absolvição foi de José Airton (PT-CE).
Homem forte no PT, André Vargas ocupava a cobiçada primeira-vice-presidência da Câmara quando seu nome apareceu na primeira etapa da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que à época desenhava-se apenas uma grande investigação de combate à lavagem de dinheiro. Os desdobramentos da operação revelaram que o agora ex-deputado mantinha uma estreita relação com o doleiro Alberto Youssef, pivô de um esquema de lavagem de recursos públicos desviados cujas proporções ainda não foram totalmente dimensionadas – e que devem arrastar uma lista de políticos que se beneficiaram do esquema que assaltou os cofres da Petrobras. Nesse aspecto, a decisão da Câmara é alentadora.
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