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sábado, 20 de dezembro de 2014

Brasil: Em reunião, governo eleva taxas de juros de longo prazo

do BOL, em São Paulo/Pedro Ladeira/Folhapress
Ministro da fazenda a partir de 2015, Joaquim Levy se reuniu com a presidente Dilma e com o atual ministro Guido Mantega nesta sexta-feira (19)

Após uma reunião feita com a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (19), o atual ministro da Fazenda Guido Mantega e Joaquim Lexy (sucessor de Mantega) decidiram elevar a TJLP (Taxas de Juros de Longo Prazo) e o PSI (Programa de Sustentação de Investimento). As informações são da Folha de S.Paulo.

A primeira taxa foi adotada em 90% dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e será de 5,5% nos primeiros três meses de 2015. Atualmente, é de 5% ao ano.

Com isso, a TJLP tem sua primeira elevação desde outubro de 2003, início do governo Lula, quando os juros de longo prazo estavam na casa de 12% ao ano.

Já o PSI, que hoje está entre 4% e 8%, passará a ter taxas ao tomador na faixa de 6,5% a 10% ao ano. Criada em 2009, com a crise econômica, essa linha terá em torno de R$ 50 bilhões a mais em 2015, recursos que já estão com o BNDES. Ano passado, foram repassados R$ 80 bilhões, e hoje o saldo do PSI é de R$ 378 bilhões. O percentual de financiamento dos bens vai cair de até 100% para até 70%.

Para o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, chegou o momento de reduzir o subsídio do governo a este tipo de crédito e melhorar o resultado das contas públicas. "São taxas atrativas comparadas com as de mercado, mas foram ajustadas para que se mantenha a premissa de subsídios zero", afirmou.

Caffarelli ainda acrescentou que as taxas são compatíveis com uma meta de superavit primário de 1,2% do PIB para o ano que vem e de 2% para 2016 e 2017.

Quando se fala em subsídio zero, o governo se refere apenas ao fim da obrigação de o Tesouro remunerar o BNDES pelo risco desse crédito e da margem de ganho do banco. Desde 2009, essa despesa foi de R$ 18 bilhões,

Ainda segundo Caffarelli, o banco tem outros recursos, como por exemplo o retorno de empréstimos concedidos, para usar no PSI. (Com informações da Folha de S.Paulo).

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