Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (12), a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, confirmou que o deputado federal baiano Luiz Argôlo (SDD) tem sociedade informal com seu antigo empregador na Malga Engenharia. "Eu preferia hoje me limitar a falar sobre o deputado Luiz Argôlo. E, sim, houve entrega de dinheiro para o deputado Luiz Argôlo.", destacou Meire. “[A relação] Era carinhosa. Ele era tratado como ‘Bebê Johnson’, porque era novinho”, acrescentou. Sem citar outros nomes, respondeu afirmativamente sobre a existência de outros parlamentares beneficiados pelas fraudes. "O Alberto [Youssef] era um banco. Eu não teria uma relação das pessoas para quem ele emprestava. Ele pagava contas, dava dinheiro, dava presentes, emprestava. Ele pagava diversas contas, fazia TEDs, pagamentos. Por exemplo, eu fazia pagamentos que eu não tenho conhecimento do que se tratava. Às vezes vinha um pagamento e ele falava só para eu pagar", detalhou. Meire foi convidada por email pelo presidente do colegiado, Ricardo Izar (PSD) após revelar detalhes sobre o funcionamento do esquema em entrevista concedida à revista Veja no último domingo (10). A contadora disse que era responsável direta pelo repasse de dinheiro para Argôlo, que de acordo com seu relato, “vivia no escritório” de Youssef. Os depósitos, no entanto, não eram feitos diretamente, e sim em contas de pessoas próximas ao deputado. Meire mencionou o pagamento de R$ 60 mil a um parente, Manoelito Argôlo, e de R$ 47 mil, a uma pessoa identificada como Elia da Hora, que foi indicada pelo congressista para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Ela confirmou também que o parlamentar vendeu um terreno para o doleiro. A dupla ainda tinha negócios em Fortaleza, informou ainda a ex-funcionária, sem dar maiores detalhes. Com informações da Agência Brasil e Folha de S. Paulo. BN
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