Diante da epidemia do vírus Ebola no oeste da África, o Comitê de Ética da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso de tratamentos não homologados, para lutar contra a febre hemorrágica do Ebola, que já matou 1.013 pessoas e tem outros 1.848 casos registrados no continente africano.
"Diante das circunstâncias da epidemia e sob certas condições, o comitê concluiu que é ético oferecer tratamentos - cuja eficácia ainda não foi demonstrada, assim como os efeitos colaterais - como potencial tratamento ou de caráter preventivo", afirma a nota da OMS.
Até o momento não existe nenhum tratamento de cura, ou vacina contra o ebola, epidemia que levou a OMS a decretar uma emergência de saúde pública mundial.
Mas o uso do medicamento experimental ZMapp tem se mostrado promissor.
Aplicado em dois americanos, que melhoraram, e em um padre espanhol, que faleceu nesta terça-feira em Madri, o remédio provocou um intenso debate ético.
Decisão
Médicos de todo o mundo participaram nos debates da OMS na segunda-feira em Genebra.
O comitê condicionou o uso dos tratamentos a uma "transparência absoluta sobre os cuidados, a um consentimento informado, à liberdade de escolha, à confidencialidade, ao respeito das pessoas e a preservação da dignidade e a implicação das comunidades".
Também estabeleceu "a obrigação moral de obter e compartilhar as informações sobre segurança e eficácia das intervenções", que devem ser objeto de avaliação constante.
A empresa americana Mapp Biopharmaceutical, que produz o medicamento, informou na segunda-feira que enviou seu estoque para o oeste da África. Com informações do G1
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