Após anunciar o Plano Safra com aumento de 15% no crédito para angariar apoio do setor rural, a presidente Dilma Rousseff convidou nesta quinta-feira (22), empresários de 36 setores da indústria brasileira para reunião no Palácio do Planalto, mas não acenou com novos estímulos para o setor. Segundo participantes da reunião, a presidente nem mesmo confirmou se será permanente a política de desoneração da folha de pagamentos, demanda antiga dos empresários nacionais. Na conversa com o empresariado, Dilma se comprometeu a dar uma posição sobre a permanência ou não da desoneração da folha de pagamentos em até uma semana. De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, além de não ter definição quanto ao prazo, não houve compromisso de que novos setores seriam contemplados pelo benefício. "Nossa demanda é de que novos setores sejam incluídos", completou. Segundo Andrade, os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior vão estudar a questão nos próximos dias. Os titulares das duas pastas, Guido Mantega e Mauro Borges, também participaram da reunião. Apesar da expectativa em relação a um posicionamento sobre a permanência da política de desoneração da folha de pagamentos, a presidente Dilma Rousseff já disse em dezembro do ano passado que essa seria uma política permanente do governo federal. "Diante da crise, os governos são levados a fazer coisas que não fazem em tempos normais. E uma política anticíclica foi praticada no Brasil. Tem uma parte dela que vai ser permanente, por exemplo a questão da desoneração sobre folha de pagamento", afirmou na ocasião. BN
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