Segundo o comandante da Cipe/Sudoeste, impunidade incentiva a criminalidade na terceira maior cidade da Bahia. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).
Por telefone, o Major Arthur Mascarenhas, comandante da Cipe/Sudoeste-Caesg, em Vitória da Conquista, falou ao site Brumado Notícias sobre sua indignação com a ação do sistema jurisdicional no país, que, segundo ele, “insiste em devolver para a sociedade infratores da lei que não foram ressocializados e nem tiveram uma punição adequada”. Para Mascarenhas, a impunidade incentiva a criminalidade. O comandante apontou dois sérios problemas que ajudam a explicar porque muitos criminosos considerados de alta periculosidade estão voltando às ruas na terceira maior cidade do estado. O primeiro aspecto está na questão estrutural, pois o presídio da cidade não comporta a quantidade de presos que a polícia está prendendo. Já o segundo aspecto diz respeito à recomendação do sistema nacional de justiça, que diz que o réu deverá aguardar o julgamento em liberdade, devendo ser detido somente em último caso. Questionado sobre se esses fatores afetam o trabalho da polícia, o Major afirmou que não, embora, segundo ele, deixe a comunidade insegura. “Não desmoraliza o trabalho da polícia, mas essa política de liberação de presos gera um impacto negativo na sociedade. Vamos continuar prendendo, vamos seguir a risca essa determinação de tirar de circulação os que estão indo de encontro com a ordem pública”, respondeu Mascarenhas. O comandante afirmou ainda que o número de prisões é equivalente ao número de liberações no município. “A polícia tem efetuado entre 45 e 50 prisões ao mês aqui em Conquista, mas tem acontecido o mesmo tanto de liberação ou até mais. A gente prende e a justiça solta. Se temos de enxugar gelo, assim vamos fazer. A polícia vai continuar prendendo e a justiça liberando o que ela achar que deve liberar”, concluiu ele.
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