"Janela para a diversidade cultural e ponte entre as civilizações além do tempo e do espaço, o livro é, ao mesmo tempo, fonte de diálogo, instrumento de intercâmbio e semente do desenvolvimento".
Como vetores de criação, informação e educação, os livros permitem que cada cultura possa imprimir seus traços essenciais e, ao mesmo tempo, ler a identidade de outras.
A produção do livro didático
A complexidade da edição e produção do livro didático, muito maior do que a de outros tipos de obra, assim como as altas tiragens necessárias à sua viabilização, exige investimentos vultosos e aumenta significativamente o risco desse ramo editorial. Em conseqüência, as editoras organizam-se como empresas modernas.
A liberdade de escolha dos educadores estimula uma competição que resulta na disponibilidade de várias opções para professores e alunos e beneficia a melhoria da qualidade. Por isso, editores, autores e professores em sua imensa maioria veem o Livro Didático com respeito, reservando-lhe importante papel de apoio no processo educacional.
Presente no dia-a-dia de alunos e educadores, o Livro Didático é fruto de um trabalho em conjunto que envolve diferentes equipes e profissionais das editoras. A equipe editorial é responsável por conceber e desenvolver as obras e é dividida em profissionais do texto, de arte e autônomos.
O processo de produção é resultado de inúmeras etapas, que duram três anos em média, desde a contratação da obra até sua impressão. Essas etapas, aqui bastante simplificadas, desdobram-se numa infinidade de pequenas tarefas, controles e cuidados para que as obras obtenham o melhor resultado possível.
Principais etapas
1. Projeto
Profissionais da editora e autores definem as diretrizes básicas da obra como a estrutura, o conteúdo a ser desenvolvido, a proposta metodológica, a definição do público escolar a que se destina e a avaliação de viabilidade econômica. Nessa fase inicial, os autores elaboram textos experimentais que são submetidos à análise de qualidade e adequação textual de vários professores experientes.
2. Feitura dos originais
Trabalho desenvolvido pelos autores, acompanhados e apoiados por profissionais das editoras. É uma etapa lenta e meticulosa, que envolve avaliações e reformulações, até chegar-se à forma final.
3. Avaliação, preparação e edição de texto original
A equipe editorial, com apoio de assessores externos e sempre com aprovação final dos autores, trabalha para que o texto esteja correto, coerente, com linguagem adequada e adequado ao público da obra e à linguagem visual e gráfica a ser adotada.
4. Projeto gráfico
Pesquisa iconográfica e de referências para ilustrações - Profissionais de artes gráficas e de pesquisa iconográfica definem a linguagem visual coerente com a proposta da obra e atraente para o seu público, com ilustrações e fotos adequadas ao conteúdo a aos objetivos educacionais.
5. Produção editorial
Envolve todas as operações necessárias à organização dos originais para impressão: feitura das ilustrações, produções de fotos, mapas, gráficos e demais recursos visuais e diagramação do texto.
O editor responsável supervisiona cada etapa e apresenta a obra ao autor sempre que necessário, cabendo a ele a aprovação final do trabalho antes da impressão.
6. Produção gráfica
Na última etapa do processo de produção do livro, arquivos eletrônicos são emitidos para que os fotolitos sejam confeccionados. Inclui ainda a impressão e acabamento da obra, também, nesse caso, sob acompanhamento e supervisão de equipe especializada da editora.
O Dia Nacional do Livro Didático
Em 27 de fevereiro comemoramos o Dia Nacional do Livro Didático. Um dia extremamente importante. Mostra a capacidade da sociedade em criar e operar políticas públicas de fortalecimento da qualidade da educação em todo o país, chegando das cidades mais modernas às mais pobres e distantes. Uma política pública que não teve descontinuidade entre governos e que foi se aperfeiçoando ao longo do tempo.
Contudo, devemos manter a posição de vigilância e avaliação críticas, para melhorá-lo ainda mais, aperfeiçoando o conteúdo e a forma dos livros, seus usos e durabilidade, integrando-os com outros recursos tecnológicos e com a formação dos professores.
O livro é um recurso de apoio pedagógico importante, para professores e estudantes. Uma escola de qualidade precisa de livros, em quantidade e com qualidade, assim como precisa de professores bem formados e bem remunerados. Estimulados e estimulantes.
27 de fevereiro - Dia Nacional do Livro Didático
Com a comemoração de uma vitória de nossa capacidade gerencial, técnica e política, é hora de pensarmos à frente. De darmos um passo além. É hora de pensarmos a escola nacional. Uma escola que siga padrões de qualidade igual em todo o país, com recursos e remuneração garantidos pela União e gerenciada localmente, com a participação de professores, estudantes e comunidade.
O Programa Nacional do Livro Didático
Em 1929, foi criado o Instituto Nacional do Livro, com o objetivo de legitimar o Livro Didático e auxiliar no aumento de sua produção. No entanto, essa política passou por muitas mudanças até resultar na criação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), em 1985.
A partir daquele ano, o professor da escola pública passou a escolher o livro mais adequado aos seus alunos e ao projeto pedagógico da escola, através de uma pré-seleção do MEC. A reutilização do livro e a introdução de normas de qualidade foram outros importantes avanços. Com o amadurecimento desse processo, a produção e a distribuição de livros didáticos tornaram-se contínuas e massivas a partir de 1997.
Hoje, o governo federal envia livros didáticos aos alunos do ensino fundamental e tem aumentado a oferta de obras de literatura, dicionários e até mesmo de livros em braile (para os deficientes visuais) e em libras (para os deficientes auditivos). Também tem sido crescente, nos últimos anos, a distribuição de obras didáticas aos alunos do ensino médio e aos programas de alfabetização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário