Em discurso feito nesta quarta-feira na Câmara Federal, o deputado Valmir Assunção (PT) denunciou o cancelamento, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, de um convênio no valor de R$ 15 milhões com o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável de Irecê, no centro-norte baiano. O contrato, fechado em 2012, contemplava a construção de 1.440 cisternas-enxurrada, 200 barreiros-trincheira e diversos quintais produtivos, que seriam construídos pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA). De acordo com o parlamentar, o governo federal decidiu cancelar o projeto por conta de supostas irregularidades na prefeitura de Irecê, como a falta de relatórios físicos e financeiros, dívidas com fornecedores e trabalhadores, retenção ilegal de carteiras de trabalho dos profissionais contratados e denúncias de paralisação das obras. O investimento, que, segundo o petista, teria o alcance de quase R$ 10 mil por família beneficiada, atingiria direta e indiretamente oito mil pessoas no município. “O estrago causado pelo atual gestor do município de Irecê [Luizinho Sobral, PTN] deixa a céu aberto 650 buracos para a instalação das cisternas, 70 barreiros de trincheiras construídos e 65 cisternas concluídas”, denunciou. O coordenador do CAA, Mário Augusto Jacó, informou que o projeto iniciou em 2012 e que só teve seus recursos liberados no segundo semestre, após a conclusão de “pendências burocráticas” do convênio. A partir daí, foram feitas as licitações e contratações das equipes e estabelecido um cronograma que “estava sendo seguido à risca”. Jacó ainda afirma que, segundo a gerente financeira do consórcio, Camilla Batista, 730 famílias foram selecionadas, das quais 700 passaram por capacitação e que cursos de formação de pedreiros foram realizados em Irecê e nas cidades de Presidente Dutra, Uibai e Itaguaçu, na mesma região. Conforme Jacó, depois do começo da gestão de Luizinho Sobral, em 2013, o cronograma deixou de ser seguido. por Luana Ribeiro / Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
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