Os estádios da Copa do Mundo podem ter problemas de telecomunicações e as arenas de São Paulo e de Curitiba são foco de preocupação, devido a atrasos em obras e falta de acordos comerciais para instalação de equipamentos, segundo especialistas do setor.
Segundo o diretor-executivo do Sinditelebrasil, sindicato das operadoras de telefonia móvel, Eduardo Levy, há risco de congestionamento na comunicação nos estádios em determinados momentos devido à alta demanda por dados.
A Arena Corinthians, em São Paulo, e Arena da Baixada, em Curitiba (PR), são os mais vulneráveis, segundo Levy. As obras dos dois estádios estão atrasadas, o que pode afetar a instalação de antenas e equipamentos de comunicação.
"São os que nos preocupam mais. Ainda não tivemos condições técnicas e comerciais (adequadas)", disse Levy à Reuters.
Além do retardo nas obras, as negociações dos contratos entre operadoras e consórcios que administram os dois estádios estão emperradas por falta de acordo sobre preço, disse Celso Birraque, diretor de rede de acesso da Claro. Mas ele descartou qualquer chance de apagão de telecomunicações.
"As negociações com Curitiba e São Paulo estão difíceis", disse Birraque.
Segundo Levy, as concessionárias desses estádios estariam cobrando aluguel até cinco vezes maior que os acordados para as demais arenas do Mundial.
Procurado, o Sport Club Corinthians Paulista, que administra a Arena Corinthians, afirmou que são as operadoras que estão pagando às arenas com as quais já negociaram valores cinco vezes menores do que de outros aluguéis em geral.
Representantes do Atlético Paranaense, que administra a Arena da Baixada, não foram imediatamente encontrados para comentar o assunto.
A previsão é que o uso de voz dentro dos estádios aumente oito vezes, em média, durante as partidas do Mundial, enquanto o uso de dados deve subir 18 vezes na comparação com a média, de acordo com a Claro. http://exame.abril.com.br/
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