O roteiro da campanha era tão pitoresco que estava fadado ao fracasso: Como um juiz de primeira instância do interior do Maranhão – estado com mais baixo IDH do país e, a exemplo de outros, dominado por oligarquias políticas – conquistaria aliados para apresentar aos congressistas uma proposta de iniciativa popular que prejudicaria muitos deles, por suas biografias suspeitas? Pelo ‘exagerado otimismo’ de Marlon Jacinto Reis, o protagonista desse script. A gestação da Lei da Ficha Limpa se confunde com sua história. Na década de 90 o rapaz mulato, pobre, sem raízes nas esferas judiciais tinha tudo para virar um peão. Com espírito revolucionário, estudou e conquistou sua toga por mérito. Forjou na cabeça que não seria impossível neste século 21 quebrar resistências ao debate que acabou por aperfeiçoar a Lei de Inelegibilidades (1990). Seria sim muito difícil, e foi.
Nascido em Pedro Afonso (TO), filho de advogado bancário e uma dona de casa, Marlon Reis rodou o Brasil com os pais até se estabilizar no Maranhão em sua juventude, na década de 80. Aluno de escola pública, foi feirante quatro anos na capital São Luís vendendo melancias. Se hoje reconhece uma boa fruta pelo tom da casca verde, como diz, foi com a expertise de feirante que aprendeu a ter olhar malicioso para reconhecer um mau político pelo comportamento na banca. O mercado agora é outro. LEIA TUDO CLICANDO AQUI NO erisantoscastro.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário