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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cubana perde visto se sair do Mais Médicos, diz ministro

Bruna Borges/Do UOL, em Brasília/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, declarou ter abandonado o programa Mais Médicos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou na tarde desta quarta-feira (5) que a médica cubana, que afirma que deixou o Mais Médicos e que está abrigada no gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados poderá perder seu visto de permanência no país caso seja descredenciada do programa do governo.
Segundo o ministro, a médica Ramona Matos Rodriguez, 51, deixou cidade de Pacajá (PA), onde trabalhava credenciada no programa do governo federal, e veio para Brasília no último sábado.
A médica se encontrou com deputados do DEM e pediu asilo político no Brasil depois de descobrir que os alguns profissionais estrangeiros recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos. Segundo Ramona, os cubanos recebem US$ 400 (cerca de R$ 965), de acordo com os deputados que receberam a cubana. Ramona alega que está sendo perseguida pela Polícia Federal.
O ministro da Justiça negou que isso esteja ocorrendo. "Não nos foi informado que ela se descredenciou do [programa] Mais Médicos, portanto está legalmente no país. Não há investigação alguma sobre esse assunto na PF. A médica está situação completamente regular enquanto estiver credenciada no programa".
Cardozo disse, ainda, que pessoas que moravam com ela em Pacajá comunicaram o desaparecimento dela à Polícia Civil local no início da semana. Segundo o ministro, a médica saiu da casa no final da semana passada informando que iria para uma fazenda no Estado de Goiás e, como não voltou, as pessoas que viviam em sua casa procuraram a polícia.
De acordo com a liderança do DEM na Câmara, a médica tem interesse em se descredenciar do programa e eles vão apresentar na tarde desta quarta-feira um pedido ao Ministério da Justiça para que o país conceda refúgio à médica.
Com o pedido de refúgio, o estrangeiro pode permanecer no país regularmente enquanto seu processo é analisado pelo ministério da Justiça pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiado). O Ministério da Justiça não tem previsão de quando a solicitação pode ser julgada.
Segundo o Secretário Nacional da Justiça, Paulo Abrão, um estrangeiro que pede refúgio ao Ministério da Justiça pode obter documentos brasileiros, trabalhar e abrir contas bancárias normalmente.

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