O presidente da CBF, José Maria Marin, vai pedir a eliminação do Real Garcilaso por racismo da Libertadores. O documento será enviado ao presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), o uruguaio Eugênio Figueredo, e ao Tribunal Disciplinar da entidade.
Na última quarta-feira, torcedores do clube peruano fizeram gestos e sons imitando macaco todas as vezes que o volante Tinga, do Cruzeiro, tocava na bola. O jogador começou a partida no banco de reservas e entrou em campo aos 20 min do segundo tempo.
Marin enviará ao tribunal o pedido de exclusão da equipe ou a perda dos pontos conquistados na partida.
“É hora de se exterminar com as demonstrações de racismo. Se o clube for exemplarmente punido, a Conmebol receberá o reconhecimento mundial pelo feito”, diz Marin no pedido.
A Conmebol abriu ontem a investigação do caso após receber denúncia do Cruzeiro. Se comprovada a existência das ofensas, o Real Garcilaso será julgado pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol em data ainda não definida. As punições possíveis vão de multa e partidas como mandante disputadas com portões fechados à exclusão da competição.
Omissão
A ausência de qualquer menção às ofensas racistas ao volante Tinga, do Cruzeiro, durante a derrota por 2 a 1 para o Real Garcilaso, quarta-feira passada, pelo Grupo 5 da Taça Libertadores da América, irá atrasar em cerca de uma semana o andamento do caso no Tribunal Disciplinar da Conmebol.
“Se (o racismo) constasse na súmula, abriríamos o processo disciplinar já. Como não há, tivemos que abrir uma investigação preliminar do caso. A partir daí, vai ser instaurado um processo. Tudo isso deve durar uma semana”, disse o presidente do tribunal Caio César Rocha.
A Conmebol abriu ontem a investigação do caso após receber denúncia do Cruzeiro.
Apesar dos seguidos e gestos e sons imitando macacos vindos da torcida peruana a cada vez que Tinga tocava na bola, o árbitro venezuelano José Argote não relatou as ofensas racistas na súmula da partida.
Cinco casos de racismo julgados por Fifa e pela Uefa (União Europeia de Futebol), em 2013, semelhantes ao de Tinga, resultaram em jogos com portões fechados.
No ano passado, o combate ao racismo foi considerado prioridade para a Fifa. A entidade, inclusive, criou um código com as possíveis punições. (Folhapress)
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