O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, decidiu divulgar uma nota para esclarecer declarações atribuídas a ele pela revista “Veja” que começou a circular hoje.
Segundo a revista, o ministro disse a interlocutores que pretende deixar o STF depois da votação dos embargos infringentes do caso do mensalão –ou seja, até abril, a tempo de se filiar a um partido e ser candidato a algum cargo eletivo nas próximas eleições.
Em nota, assinada pela assessoria de imprensa do STF, Barbosa “ratifica” que “não é candidato a presidente nas eleições de 2014″, o que vem dizendo em diversas ocasiões.
Repete também o que já havia declarado em palestras e em entrevistas coletivas: ele pretende deixar o STF antes de completar 70 anos, idade da aposentadoria compulsória.
Barbosa nega ainda que já tenha decidido deixar o cargo até abril, a tempo de disputar as eleições por qualquer outro cargo. Mas não descarta claramente a hipótese de isso ocorrer em 2014. Diz a nota: “Com relação a uma possível renúncia ao cargo que hoje ocupa, o Ministro já manifestou diversas vezes seu desejo de não permanecer no Supremo até a idade de 70 anos, quando teria que se aposentar compulsoriamente. No entanto, não existe nenhuma definição com relação ao momento de sua saída. Ele não fez consulta alguma ao setor de recursos humanos do STF sobre benefícios de aposentadoria. No que se refere ao seu futuro após deixar o Tribunal, o ministro reserva-se o direito de tomar as decisões que julgar mais adequadas para a sua vida na ocasião oportuna. Entende que após deixar a condição de servidor público, suas decisões passam a ser de caráter privado.
Barbosa faz referência indireta também a outra frase atribuída a ele, em que teria afirmado que o PT é hoje um partido “tomado por bandidos, pela corrupção”. Segundo a nota, “o ministro Joaquim Barbosa não faz juízo de valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros, individualmente. A respeito do quadro partidário, já expressou sua opinião no sentido da realização de uma ampla reforma política que aprimore o atual sistema.”.
Ele lembra ainda que já tornou público seu voto nas últimas três eleições presidenciais _à Folha, em 2012, ele afirmou que votou em Lula em 2002, em Lula de novo em 2006 e em Dilma Rousseff em 2010. Apesar disso, afirma a nota, “o Presidente do STF, Tribunal que é o guardião da Constituição, ratifica seu respeito por todas as agremiações partidárias, seus filiados e eleitores”. Fonte:Suébster Neri |
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