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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A sociedade começa a perder a paciência

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos, senadora Ana Rita (PT-ES), pede investigação sobre declarações da âncora do “SBT Brasil”, Rachel Sheherazade, a respeito de adolescente que foi espancado por “justiceiros” no Rio de Janeiro.

Somente os hipócritas defensores dos direitos humanos (dos bandidos) vestiram a carapuça pelas críticas da jornalista, que nada mais fez do que falar a verdade, não obstante suas considerações tenham sido bastante deformadas pelos falsos moralistas de plantão. Parabéns à jornalista. 

Aliás, aqueles que se julgam possuidor de vestal inquebrantável, defensores da ética e da moralidade, por que também não se posicionam favorável a que a fajuta Comissão da Verdade investigue os subversivos criminosos que atentaram contra o Estado brasileiro, como a ex-guerrilheira Dilma Rousseff?

O que está ocorrendo no país, com a leniência irresponsável de nossos governantes e políticos - incêndios de ônibus, depredação de trens, Black Blocs, falta de segurança, de assistência médico-hospitalar etc., sem respostas positivas das autoridades para elidir o problema - tem levado a sociedade a perder a paciência.

O Brasil está mergulhado na falta total de políticas públicas de segurança, onde a sociedade vive hoje acuada, assustada e apavorada com a escalada crescente de crimes de toda a ordem, cujo governo federal e os crápulas políticos nacionais, respeitadas a exceções, nada fazem para enfrentar o problema. E ainda hipócritas defensores dos direitos humanos têm a pachorra de censurar a jornalista?

Se os nossos impostos arrecadados deixam de ser aplicados no social e vão bancar as benesses de parlamentares e governos, a culpa não é nossa de o país não ter educação pública de qualidade capaz de reduzir o abismo que separa as condições socioeconômicas dos seus concidadãos. Se bem que muitos bandidos desocupados não são produtos da falta de apoio social ou governamental, mas um segmento preguiçoso que sempre existiu em qualquer sociedade.

Por que os paladinos da moralidade não reprocham a atuação dos governantes que tratam a questão de segurança de forma política e não como um dever de proteger a sociedade? Em São Paulo, por exemplo, incendeiam-se ônibus e o prefeito petista transfere a responsabilidade ao governo tucano, quando ambos deveriam sentar-se para resolver a questão de interesse estadual e municipal, agindo como pessoas civilizadas e responsáveis.

Quando os defensores dos direitos humanos e suas famílias forem molestados de forma violenta por esses marginais, gostaria de saber se o discurso humanista deles seria o mesmo. Essa posição jacobeia dos defensores dos direitos humanos já está manjada. Por que não adotam um marginal desses para morar em suas casas, dando-lhe cama, roupa lavada, comidinha na boca e outros agrados? Não podemos ficar refém, sem reagir, de quadrilha de bandidos comandando as cidades, tendo um aparato estatal de segurança pusilânime e falido mercê de um governo que só se preocupa com seus interesses políticos.

Os defensores dos direitos humanos não podem cercear a legitima manifestação constitucional de uma jornalista. É preciso que haja pessoas que tenham coragem de abordar temas polêmicos relacionados à vida social brasileira.

Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado para o Tabocas Notícias (via email)
 Balneário Camboriú-SC

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