A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, deputada federal Érika Kokay (PT-DF), disse nesta terça-feira (5) que “tudo indica que [as redes de tráfico e exploração sexual] são um esquema acoplado às grande obras” no país. “A situação é muito mais grave, a partir da revelação de que os exploradores atuaram em Jirau e depois em Belo Monte,” declarou a deputada após depoimento da conselheira tutelar de Altamira, Lucenilda Lima, sobre uma adolescente mantida em cárcere privado e explorada sexualmente em uma boate no canteiro da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A denúncia resultou em uma operação da Polícia Civil e do conselho tutelar em fevereiro, que libertou 18 pessoas e prendeu quatro. A conselheira contou ainda que um dos donos da boate Xingu, antes de ser preso, respondia a processo pela mesma prática em prostíbulo no canteiro da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). Érika Kokay informou que a CPI vai convocar empreiteiros para depor. “As construtoras têm que ser responsabilizadas em casos de exploração sexual de adolescentes parecidos com esse. Elas são cúmplices pela omissão com a situação e por silenciarem sobre essas práticas”, opinou. Os casos de exploração sexual descobertos na região serão investigados pelo Ministério Público Federal. Informações da Agência Brasil.
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