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sexta-feira, 8 de março de 2013

PT tenta "brecar" projeto nacional de Eduardo Campos


Aline Moura - Diario de Pernambuco / Diario de Pernambuco - Diários Associados
Se alguns caciques do PT lavaram as mãos em relação à candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República, outros demonstram justamente o contrário. Secretário nacional de organização da legenda petista, visto como uma das lideranças mais influentes do partido, Paulo Frateschi demonstrou preocupação, ontem, com a possibilidade de Eduardo sair em voo solo em 2014. Na visão dele, que é compartilhada pelas principais lideranças do partido, o melhor cenário para a base é a permanência do PSB na aliança com Dilma Rousseff (PT). Eles asseguram que se o governador não for demovido da ideia de concorrer ao Planalto, pode sair “menor das eleições” e “ajudar o PSDB a chegar ao segundo turno”. “Ele vai entrar numa dessas?”, indagou. A preocupação dele segue no mesmo sentido de Dilma e do ex-presidente Lula.
Frateschi falou com o Diario de Pernambuco por telefone, de São Paulo. Justificou que Lula ainda não veio a Pernambuco, como fez em outras cidades onde o PT perdeu as eleições, por esperar a união da legenda e um movimento mais nítido de Eduardo. “Não queremos ir a Pernambuco para arrumar encrenca, queremos ir para arrumar aliados”, declarou.

Comemoração
Amigo de Lula, Frateschi ainda negou que a cúpula nacional petista tenha abandonado o PT local à própria sorte desde as eleições passadas, quando o ex-presidente evitou vir ao Recife apoiar a candidatura do senador Humberto Costa. O secretário disse não saber sobre a presença de caciques nacionais na festa de 33 anos programada pelo PT estadual para este próximo sábado. Mas frisou que Lula virá a Pernambuco participar das “caravanas da Cidadania”, mesmo que não tenha confirmado presença no ato político de sábado ao lado de outros caciques nacionais.

Já o presidente estadual do PT, o deputado federal Pedro Eugênio, negou que o tom da festa preparada pela sigla seja de lançamento da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição, num embate direto com Eduardo Campos. Ele disse, inclusive, ter convidado os presidentes partidários da Frente Popular para participar do ato, a exemplo de Sileno Guedes, do PSB.

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