A Polícia Civil entregou à Justiça, no início da noite desta segunda-feira (4), o inquérito sobre as mortes dentro da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico, de Curitiba. O documento contém cerca de mil páginas e 32 horas de gravações. Além disso, mais de cem pessoas prestaram depoimentos à polícia sobre o caso.
Com a entrega do documento, o Ministério Público passa a ter cinco dias para decidir se apresenta ou não denúncia contra a médica. Ela é suspeita de abreviar a vida de pacientes que estavam internados na UTI. O prazo deve começar a contar a partir de terça-feira (5), quando o MP vai receber o documento.
O advogado de defesa de Virgínia, Elias Mattar Assad, contava com o atraso no encaminhamento do processo para pedir a liberdade provisória da médica, que está presa desde o dia 19 de fevereiro. Seria o segundo pedido de liberdade, já que outra petição de habeas corpus já corre na Justiça. Assad espera que ele seja julgado na quinta-feira (7).
O jurista afirmou ao G1 que aguardava com ansiedade pela entrega do inquérito. "Esse momento é um momento importante, porque cessam as obscuridades que têm no processo", explica.
O advogado revela que tem acompanhado a situação da cliente, que permanece presa no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Assad disse que a filha dele, que também acompanha o processo, esteve com a médica nesta segunda para conversar a respeito dos prontuários de pacientes que constam no inquérito. “Ela disse que pode mostrar para qualquer médico do mundo, que vai ver que não tem absolutamente nada errado nos prontuários”, conta.
Além de Virgínia, os médicos Edison Anselmo, Anderson de Freitas e Maria Israela Boccatto, além da enfermeira Lais da Rosa também estão presos. Todos foram indiciados porque, conforme o inquérito, eram cúmplices da médica no ato de abreviar a vida de pacientes que estavam internados, com o objetivo de abrir vagas para outros.
De acordo com a Secretaria de Justiça, as três mulheres dividem a mesma cela, no Presídio Feminino de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Os homens também dividem a cela, na Casa de Custódia de Piraquara. Fonte G1
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