A disputa pelo espólio político do deputado federal de São Paulo e palhaço Tiririca (PP) já foi lançada. Depois do parlamentar declarar que não pretende disputar uma nova eleição, seu partido começou uma articulação para eleger um novo candidato puxador de votos. Lembrando que, com o mote de “pior do que está não fica”, Tiririca foi o deputado mais votado do país na última eleição, com mais de 1,3 milhão de votos. O secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto, quer aproveitar a fama do humorista e trazer o colega de partido, o deputado federal da Bahia e ex-boxeador Acelino Popó, para disputar uma vaga à Câmara Federal pelo PR paulista na eleição de 2014.
A eleição do substituto de Tiririca envolve mudanças e planos ousados. A primeira manobra é a troca de domicílio eleitoral e de partido, pois o ex-boxeador foi eleito deputado pelo PP da Bahia. “Fui procurado pelo deputado Valdemar (Costa Neto). Ele disse que o partido está à minha disposição em São Paulo. Ainda estou avaliando, porque teria de mudar de Estado e de partido”, disse Popó.
Além da ousadia eleitoral, outra questão política é curiosa. O idealizador do projeto, Valdemar da Costa Neto, foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do mensalão no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, não gosta de aparecer. Atua apenas nos bastidores. Como agora, ao fazer o convite para que Popó se transfira para São Paulo e mude de partido.
Ao se eleger com a maior votação absoluta e proporcional na eleição passada, Tiririca carregou com ele os deputados Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP), todos da base de apoio do governo. No ano passado, o PR tentou uma outra jogada com Tiririca: transformá-lo em candidato a prefeito de São Paulo. Mas o próprio deputado rejeitou a ideia por não ver futuro na disputa pelo Executivo.
Popó disse que, se optar por disputar a eleição por São Paulo, não terá problemas de adaptação.
“No tempo em que eu era amador, lutava em São Paulo. Foi lá que comecei minha carreira”, contou. Ele tem consciência de que não está ligado a nenhum Estado, mas ao País inteiro, por ter sido ídolo do boxe. “Acho que sou como o Tiririca, conhecido no Brasil todo”, avaliou.
Popó contou ainda que foi convidado para entrar em outras legendas. Uma delas é o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, potencial candidato à Presidência da República no ano que vem. Também o chamaram para trocar de partido o PTB e o PSC. “Convite é o que não falta. Estou muito lisonjeado”, disse Popó. Com agências
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