Você já deve ter presenciado uma mulher que defende com unhas e dentes o direito de salários iguais aos dos homens. Mas, quando o assunto muda de rumo, ela defende com as mesmas unhas e os mesmos dentes que, em um primeiro jantar romântico, eles (e somente eles) devem pagar a conta –se for a do motel, então, outra possibilidade nem se cogita. Ou a que é a favor da Marcha das Vadias, na qual se protesta contra a suposição de que vestimentas sexy seriam a causa de estupro. Mas ao topar com moças trajando roupas sensuais, não hesita em usar o mesmo adjetivo que dá nome ao protesto para menosprezá-las. Seriam elas feministas fajutas? Se você se identificou com essa personagem um tanto caricata, antes de se culpar por traição à causa feminina, saiba que a resposta a essa questão não é tão simples e gera outra pergunta: gostar que um homem abra a porta do carro ou assuma os gastos por uma noite romântica significa ser antifeminista e retrógrada?
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