O excesso de sal na alimentação pode facilitar o desenvolvimento de doenças autoimunes, principalmente a esclerose múltipla, de acordo com os resultados de três estudos publicados na revista britânica Nature. Segundo as pesquisas, realizadas com humanos e roedores, o sal poderia favorecer a produção de células responsáveis pela ativação de doenças autoimunes. Estas doenças, consequência de um sistema imunológico hiperativo, não param de aumentar nos últimos anos nos países ocidentais, o que conduziu os pesquisadores a pensar que fatores externos, e não apenas genéticos, possibilitariam seu desenvolvimento. Os pesquisadores identificaram o sal entre os fatores externos depois de observarem um aumento das células responsáveis pela inflamação nas pessoas que ingerem fast food ou que consomem pratos pré-cozidos, cuja quantidade de sal é em média mais alta que a comida preparada em casa. Apesar disso, lembra Aviv Regev do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), "se trata de uma hipótese, que deve ser confirmada por estudos epidemiológicos". Além do sal, outros fatores externos, como o cigarro, uma exposição insuficiente ao sol ou a carência de vitamina D, poderiam contribuir para o desenvolvimento de doenças autoimunes, segundo Vijay Kuchroo, um dos pesquisadores do estudo.
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