Faltam ainda dois meses para Igor nascer, mas o menino de 1 kg e 35 cm já foi operado dentro do útero para corrigir um defeito congênito na coluna vertebral. Ele é o primeiro bebê da América Latina a ser submetido a uma endoscopia fetal para tratar a mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida, uma malformação cuja principal sequela é a hidrocefalia (acúmulo de água no cérebro). O problema afeta 3.000 bebês por ano no Brasil. Igor foi operado por meio de três pequenos "furos" na barriga da mãe, por onde entraram os instrumentos cirúrgicos e a câmera de vídeo. Não houve corte. "Ele pula sem parar aqui dentro. Nem parece que passou por uma cirurgia", diz a mãe, Oladiane Werner, 33.
A técnica foi desenvolvida na Alemanha em 2009. Desde então, 70 bebês foram operados por lá. Mas o próprio grupo que criou o método diz que ainda é preciso mais tempo e aprimoramento antes de adotá-lo em larga escala. A cirurgia de Igor aconteceu no Hospital Samaritano (SP) há duas semanas. A mãe está agora na 29ª semana de gestação e tem de manter repouso até o bebê nascer. O defeito congênito causa um fechamento incompleto da coluna, e a medula fica exposta ao líquido amniótico. Isso lesiona os nervos. Daí a necessidade de operar a criança antes do nascimento. Estudos demonstraram que a cirurgia fetal reduz pela metade os riscos de hidrocefalia em comparação à feita após o bebê nascer. Mas a operação aumenta as chances de prematuridade.
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