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segunda-feira, 4 de março de 2013

Cidade do sul da China desafia as autoridades


Os habitantes de uma aldeia do sul da China se rebelaram contra as autoridades sobre as ocupações de terras e exigem eleições democráticas, após violentos confrontos com criminosos contratados e enviados por um líder local. Foto: Peter Parks/AFP Photo
Os habitantes de uma aldeia do sul da China se rebelaram contra as autoridades sobre as ocupações de terras e exigem eleições democráticas, após violentos confrontos com criminosos contratados e enviados por um líder local. Foto: Peter Parks/AFP PhotoOs habitantes de uma aldeia do sul da China se rebelaram contra as autoridades sobre as ocupações de terras e exigem eleições democráticas, após violentos confrontos com criminosos contratados e enviados por um líder local.

A polícia bloqueou o acesso do local à estrangeiros e os habitantes rejeitam a entrada de autoridades oficiais, a poucos dias da abertura da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Parlamento chinês.

Há uma semana, os habitantes de Shangpu, na província de Guangdong, entraram em confronto com um grupo enviado, segundo eles, pelo líder local do Partido Comunista e um empresário que deseja ocupar as terras agrícolas do vilarejo.

Um conflito que lembrou o caso de Wukan, um vilarejo costeiro de Guangdong, a 100 km de distância, que ficou famoso em 2011 por se revoltar contra os políticos comunistas corruptos, acusados de ocupar terras para uma operação imobiliária.

A AFP foi o primeiro meio de comunicação ocidental a conseguir entrar em Shangpu desde o início do confronto.

Na entrada do vilarejo de 3.000 habitantes, cerca de 40 membros das forças de ordem montam guarda, impedindo veículos de entrar. Não muito longe, uma bandeira de pano proclama: "exigimos com força eleições legais e democráticas".

As casas de um andar, típicas da região, muitas abrigando uma pequena oficina ou mercado, dão em arrozais. A rua principal está cheia de carcaças de veículos e pedaços de vidro, restos dos confrontos que acabaram de acontecer.

Os moradores exigem o direito de eleger seu representante e de dar sua opinião sobre o polêmico projeto de transformar os arrozais em uma zona industrial.

"Isso deve ser decidido através do voto dos habitantes", declarou um dos organizadores do movimento de protesto. "O líder do vilarejo deve representar os nossos interesses, mas este não é o caso".

Os habitantes temem que uma vez o Parlamento em ação, na terça-feira, as autoridades esmaguem o movimento de contestação.

"A fim de manter a estabilidade, as autoridades não querem recorrer à força antes da reunião" do Parlamento, acrescentou um outro habitante. "Temos medo que eles voltem". AFP - Agence France-Presse

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