A Casa Branca disse neste sábado que está levando a sério a nova ameaça da Coreia do Norte contra a vizinha do sul, mas destacou que a declaração de sexta-feira - quando Pyongyang decretou "estado de guerra" - segue o padrão da "retórica belicosa" do regime comunista norte-coreano. As últimas declarações de Kim Jong-un, no entanto, não despertaram tanta preocupação na Coreia do Sul, por considerar que não configuram uma "nova ameaça". O governo sul-coreano afirmou neste sábado que não detectou "movimentos incomuns" das tropas da Coreia do Norte.
A Casa Branca afirmou ainda que os Estados Unidos estão preparados para defender seus interesses e seus aliados na região. Mais cedo, o governo russo pediu "responsabilidade" e "moderação" às Coreias e aos EUA, após Pyongyang declarar que colocaria os mísseis de prontidão para atacar bases militares americanas.
"Esperamos das duas partes que exerçam uma responsabilidade e moderação máximas, e que ninguém alcance um ponto sem retorno", disse à agência Interfax o diplomata Grigori Logvinov, encarregado da região na chancelaria russa.
O governo norte-coreano afirmou que suas ameaças são uma resposta às "provocações inconsequentes" dos Estados Unidos, que fazem com o vizinho do sul um dos maiores exercícios militares do planeta. Tecnicamente, as duas Coreias estão em estado de guerra desde 1953, quando um conflito terminou com um armistício e não com um tratado de paz.
O ministério sul-coreano de Defesa se limitou a advertir que reprimirá "qualquer provocação". Os EUA, porém, parecem dar mais importância à declaração de um "estado de guerra". O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden, disse que a Casa Branca "leva a sério as ameaças e permanece em estreito contato com os aliados sul-coreanos".
O governo americano disse ainda que tem capacidade e determinação para se defender e a seus aliados, mas reiterou que a "retórica belicista" da Coreia do Norte só aprofunda o distanciamento do país e que seu objetivo é resolver as tensões de "maneira pacífica".
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