O Copa do Nordeste no ano de 2013, liquidou todas as dúvidas daqueles que tinham desconfianças acerca da competição. Mesmo com a eliminação precoce de clubes de grandes torcidas, como Bahia, Vitória, Santa Cruz, Sport e ainda sem a participação do Náutico, a competição foi um sucesso, é o que conta o Jornal Estadão neste sábado de Aleluia. Veja.
Depois de viver o seu auge de 1997 a 2002 e ter duas edições fracassadas em 2003 e 2010, a Copa do Nordeste retornou revitalizada ao calendário nacional este ano. O primeiro número que salta ao olhos é a média de público de 8.462 torcedores por jogo e com previsão de crescimento para até 15 mil no ano que vem.
As partidas foram transmitidas para todo o País e, segundo o canal Esporte Interativo, atingiram 20,5 milhões de telespectadores. Mais do que faturar alto com bilheteria logo nos primeiros meses do ano, os clubes comemoram as cotas de direitos comerciais (TV e publicidade) pagas aos 16 participantes. Cada clube ganhou de início R$ 300 mil, fora premiações conforme avançavam no torneio, e no fim das contas arrecadaram em média R$ 932 mil.
O campeão Campinense faturou R$ 1,6 milhão, dinheiro suficiente para bancar as despesas por seis meses. Porém, quem mais reforçou o cofre foi o semifinalista Ceará. O clube arrecadou R$ 2,8 milhões e teve como arma a boa campanha e os jogos mandados no recém-inaugurado Castelão. O estádio recebeu o público recorde no futebol brasileiro em 2013: 52 mil pagantes no jogo contra o ASA.
“A distância dos times do Nordeste para os do Sul e Sudeste do País tem aumentado a cada ano. No primeiro semestre, os clubes do Nordeste têm de ser criativos e obter receitas para ter fôlego no segundo semestre”, afirmou Alexi Portela Júnior, presidente do Vitória e da Liga do Nordeste. “A Copa do Nordeste era um campeonato desacreditado que veio para mudar o primeiro semestre dos clubes da região”.
O torneio conta esse ano com quatro patrocinadores e novos acordos já estão sendo alinhavados para a edição 2014. “A economia no Nordeste cresce acima da média do Brasil e os investidores sempre vão onde há oportunidades de crescimento. O poder aquisitivo dos nordestinos aumentou consideravelmente nos últimos anos”, apontou o professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração), Alan Ghani.
Apesar de o Bahia ter dado vexame na Copa do Nordeste deste ano - foi eliminado ainda na primeira fase -, o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, é um ferrenho defensor do torneio. “Os regionais são o futuro. Não tenho a solução, mas deixar os Estaduais como estão não tem a menor condição. Estamos minando as finanças dos clubes. Os regionais são mais atraentes, têm rivalidade acirrada, mais público, estádios mais confortáveis”, disse.
A partir de agora, nos Estaduais da região, os principais clubes só vão começar a participar na segunda fase e a classificação final vale vaga para o torneio regional. O Náutico, por exemplo, fez uma campanha ruim em 2012 e não teve o direito de disputar a Copa do Nordeste.
“Os dois torneios foram vinculados um ao outro e a primeira fase foi valorizada pela rivalidade existente dos times do interior que estão em cidades próximas”, explicou o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro de Carvalho. Do Portal Futebol Bahiano
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