Berlim (Alemanha) - Os casos de contágio de HIV diminuíram 21% entre 1997 e 2010, até 2,6 milhões no mundo todo, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids), divulgado nesta segunda-feira em Berlim. O número de infecções agora é de 390 mil, frente aos 550 mil em 2001, e o número de mortes de menores de 15 anos diminui 20% entre 2005 e 2010.
Embora aproximadamente metade das grávidas com o vírus tenha recebido os medicamentos antirretrovirais para evitar o contágio de seus bebês, o tratamento não foi eficaz em 80% dos casos, advertiu a Unaids. Segundo o relatório, o número de infectados no mundo chegou a 34 milhões no final de 2010, frente aos 28,6 milhões em 2001.
Cerca de 68% dos portadores do vírus (22,9 milhões) estão na África Subsaariana, uma região onde vivem somente 12% da população mundial, mas que concentra 70% dos novos casos de infecção. A África do Sul, com 5,6 milhões de casos, é o país no qual vivem mais infectados com a síndrome de imunodeficiência adquirida, embora o número de novos contágios tenha diminuído de forma significativa, assim como na Etiópia, Nigéria, Zâmbia e Zimbábue, explica o documento.
O número de portadores na Europa Oriental e na Ásia Central aumentou entre 2001 e 2010 cerca de 250%, até 1,5 milhão de casos, dos quais 90% se concentram na Rússia e na Ucrânia. As mortes em decorrência da Aids na região ficaram em 90 mil, frente às 7.800 em 2001.
Na Europa Ocidental e Central, este número ficou entre 840 mil, com 30 mil novos contágios e 9.900 mortes. No ano passado morreram 1,8 milhões de pessoas como consequência da AIDS no mundo.
Segundo estimativas da Unaids, as drogas antirretrovirais evitaram outras 700 mil mortes. Desde 1995, os remédios salvaram a vida de 2,5 milhões de pessoas com o vírus da Aids em países com renda média e baixa, onde cerca da metade dos infectados tem acesso a tratamentos antirretrovirais. A assistência médica é especialmente boa em países como Camboja, Chile, Croácia e Cuba, ao contrário de Afeganistão, Egito, Tunísia e Ucrânia, informou o documento.
Segundo a Unaids, a educação, a prevenção e o fortalecimento dos direitos da mulher continuam sendo medidas importantes na luta contra esta doença ainda sem cura.As informações são da EFE
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