Destroços do avião da Gol, que caiu na selva depois de se chocar com o jato Legacy (Jorge Araújo/Folhapress)
O jornalista norte-americano Joe Sharkey deve ser condenado pela justiça brasileira a se retratar e a pagar 50 000 reais de indenização à mulher de uma das vítimas do acidente com o voo 1907 da Gol. Joe Sharkey estava a bordo do jato Legacy que se chocou com o Boeing 737-800 da Gol, em outubro de 2006. O Boeing caiu na selva, em Mato Grosso, matando os 154 passageiros e tripulantes. Não houve vítimas do Legacy.
Sharkey escreveu sobre o assunto em seu blog na época e Rosane Gutjahr, mulher de uma das vítimas, sentiu-se ofendida pelas palavras do jornalista. Ela entrou na justiça pedindo que ele se retratasse. "Nós não tínhamos nem recuperado os corpos das pessoas e Sharkey já estava dizendo que no Brasil só tem tupiniquim, que o Brasil é o mais idiota dos idiotas", disse Rosane.
A ação começou a ser votada nesta quinta-feira na 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná. Dois dos três desembargadores votaram pela condenação do jornalista. A sentença ainda não foi homologada pelo TJ porque o terceiro julgador, o desembargador José Augusto Aniceto, pediu vistas ao processo. "Apesar da interrupção do julgamento, a decisão já está dada porque temos dois votos favoráveis", disse o advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante D'Aquino.
Após a publicação da decisão, há possibilidade de recurso. Antes desse julgamento, o pedido de retratação havia sido negado em decisão de primeiro grau, sob o argumento de que Rosane não seria parte legítima da causa, visto que a ofensa, se houve, foi ao Brasil, não à viúva.
O caso Gol - Em maio de 2011, o juiz da Vara Única de Sinop, Mato Grosso, Murilo Mendes, condenou os dois pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pena de quatro anos de prisão, que acabou substituída pela prestação de serviços comunitários. O controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar também foi condenado a três anos e quatro meses de prisão em regime aberto. A exemplo dos pilotos, o controlador foi autorizado a pagar a pena com serviços comunitários e ficou proibido de exercer a profissão.
O controlador de voo Jomarcelo Fernandes dos Santos foi absolvido no processo. Ele acompanhou o início do voo do Legacy na noite em que houve o acidente. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele tinha um sinal em sua tela avisando que o transponder do jato estava desligado e sabia que a aeronave estava em um nível diferente do que deveria estar, seguindo na contramão da via aérea.
No entanto, afirmam os promotores do caso, Santos não fez contato algum com os pilotos para que pudessem corrigir o problema. A denúncia indica, ainda, que, ao passar o posto para o colega Lucivando Tibúrcio de Alencar, Santos forneceu-lhe, “consciente e dolosamente”, a informação incorreta sobre o nível do Legacy e não citou o desligamento do transponder.(Com Agência Estado)
Sharkey escreveu sobre o assunto em seu blog na época e Rosane Gutjahr, mulher de uma das vítimas, sentiu-se ofendida pelas palavras do jornalista. Ela entrou na justiça pedindo que ele se retratasse. "Nós não tínhamos nem recuperado os corpos das pessoas e Sharkey já estava dizendo que no Brasil só tem tupiniquim, que o Brasil é o mais idiota dos idiotas", disse Rosane.
A ação começou a ser votada nesta quinta-feira na 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná. Dois dos três desembargadores votaram pela condenação do jornalista. A sentença ainda não foi homologada pelo TJ porque o terceiro julgador, o desembargador José Augusto Aniceto, pediu vistas ao processo. "Apesar da interrupção do julgamento, a decisão já está dada porque temos dois votos favoráveis", disse o advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante D'Aquino.
Após a publicação da decisão, há possibilidade de recurso. Antes desse julgamento, o pedido de retratação havia sido negado em decisão de primeiro grau, sob o argumento de que Rosane não seria parte legítima da causa, visto que a ofensa, se houve, foi ao Brasil, não à viúva.
O caso Gol - Em maio de 2011, o juiz da Vara Única de Sinop, Mato Grosso, Murilo Mendes, condenou os dois pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pena de quatro anos de prisão, que acabou substituída pela prestação de serviços comunitários. O controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar também foi condenado a três anos e quatro meses de prisão em regime aberto. A exemplo dos pilotos, o controlador foi autorizado a pagar a pena com serviços comunitários e ficou proibido de exercer a profissão.
O controlador de voo Jomarcelo Fernandes dos Santos foi absolvido no processo. Ele acompanhou o início do voo do Legacy na noite em que houve o acidente. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele tinha um sinal em sua tela avisando que o transponder do jato estava desligado e sabia que a aeronave estava em um nível diferente do que deveria estar, seguindo na contramão da via aérea.
No entanto, afirmam os promotores do caso, Santos não fez contato algum com os pilotos para que pudessem corrigir o problema. A denúncia indica, ainda, que, ao passar o posto para o colega Lucivando Tibúrcio de Alencar, Santos forneceu-lhe, “consciente e dolosamente”, a informação incorreta sobre o nível do Legacy e não citou o desligamento do transponder.(Com Agência Estado)
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