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Presidente Dilma logo após sua chegada no aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, na manhã deste domingo
A presidente Dilma Rousseff participará na segunda (03/10) e terça-feira (04/10) da cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas pela primeira vez, com o fim de discutir a situação econômica no país, a crise do euro e tratar da colaboração em ciência e inovação.
Dilma, que aterrissou na capital belga por volta das 13h do horário local segundo fontes diplomáticas, participará de uma cúpula bilateral com o governo da Bélgica antes de jantar com os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Na comitiva da presidente estão os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante; Comunicações, Paulo Bernardo; Cultura, Ana de Hollanda, e Comunicação Social, Helena Chagas. Do lado europeu participarão das reuniões a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e o comissário de Comércio, Karel De Gucht.
Amanhã (03/10), no primeiro dia da 5ª Cúpula Brasil-União Europeia, Dilma vai reiterar a preocupação com os impactos da crise econômica internacional. Dilma vai defender a parceria estratégica com o bloco como alternativa para amenizar os prejuízos causados pela crise. Ela também deverá destacar que o Brasil está disposto a colaborar com os europeus no que for necessário. Em outra frente, Dilma vai tentar destravar um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, cujas negociações foram suspensas em 2006.
Para a presidenta, um dos mercados que deveriam ser abertos aos brasileiros na Europa é o setor de serviços. Porém, há resistências dos europeus, que temem a competição.
A presidenta deverá lembrar ainda que o desenvolvimento sustentável não pode ser excluído da pauta de discussões. O assunto é o principal tema da Conferência Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro entre 28 de maio e 6 de junho de 2012. Será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde.
Paralelamente, Dilma tratará dos temas que interessam às negociações envolvendo Mercosul e União Europeia. Há articulações para que seja fechado, ano que vem, um acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos. Segundo especialistas, com o acordo, as possibilidades de negócios e de geração de empregos serão multiplicadas com o acordo.
Porém, a negociação sofre resistências de alguns governos, como o da França, que teme, por exemplo, a competição com a carne produzida na América do Sul. Outra negociação envolve a indústria manufatureira. As negociações para criação do livre comércio entre os dois blocos foram interrompidas em 2006 e só foram retomadas este ano.
Nos discursos recentes que fez na Organização das Nações Unidas (ONU) e no Peru, Dilma disse que a crise não foi causada pelos emergentes, e sim, pelos países mais ricos. Ela se referiu aos Estados Unidos e aos europeus.
Os participantes da cúpula também esperam atualizar seu plano de ação conjunta para 2013 e 2014, o que os permitirá estruturar as ações e projetos associados à estratégia estabelecida em 2007, bem como iniciar uma cooperação em pesquisa científica.
Na terça-feira, Dilma também será recebida pelos reis da Bélgica e, à tarde, inaugurará o festival cultural bienal Europalia, que este ano será dedicado ao Brasil. *Com informações da Agência Brasil e EFE
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