Quem assistiu o filme Tropa de Elite 2 deve se lembrar do personagem do deputado Diogo Fraga, que denunciava os grupos de milícia dentro da Polícia Militar fluminense. O parlamentar que inspirou o drama, Marcelo Freixo, deputado estadual pelo PSOL, terá que sair do Brasil refugiado para não morrer como a juíza Patrícia Acioli. Segundo matéria do jornal O Globo, o Ministério Público e o Disque-Denúncia registraram, em pouco mais de um mês, sete denúncias de que várias milícias planejam o assassinato de Freixo. Como foi demonstrado no filme, o parlamentar foi presidente da CPI das Milícias, que, em 2008, provocou o indiciamento de 225 pessoas, entre políticos, policiais militares e civis e bombeiros. Freixo deixará o país na terça-feira (1º) com a família a convite da Anistia Internacional. O parlamentar vai para a Europa. O país de destino e o tempo de permanência são mantidos sob sigilo. “A Anistia ficou preocupada com a minha segurança devido ao acirramento das denúncias feitas contra mim. A Patrícia foi ameaçada e, na época, todos diziam que ninguém iria matá-la. Mesmo assim, mataram”, disse Freixo, recordando o caso de Patrícia Accioli, executada a tiros por milicianos na porta de casa, no mês passado. Atualmente, o deputado só anda escoltado por seguranças. Ele é pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro.
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