A cantora Ivete Sangalo, a banda Jota Quest e o cantor Milton Nascimento receberam dinheiro da prefeitura de Belo Horizonte e do governo de Minas Gerais para shows e projetos culturais sem licitação, informa o portal IG. Agora, esses repasses vão ser investigados pelo Ministério Público (MP). O promotor Eduardo Nepomuceno de Sousa, da Defesa do Patrimônio Público, abriu investigação nesta quarta-feira (26), e explicou o andamento da ação. "Os temas foram encaminhados para distribuição, nesta Promotoria de Justiça, nesta data, a fim de dar início à investigação", disse ele, em e-mail ao iG.
De acordo com informações da PBH, no primeiro edital para repasse de recursos a eventos com potencial turístico foram aprovados 14 projetos, no segundo 27 e no terceiro 31. Entre os últimos projetos aprovados destaca-se também a turnê “Ivete Sangalo no Madison Square Garden”. Os valores para a baiana, por enquanto, não foram publicados no Diário Oficial do estado. A musa do axé se apresentou com esta turnê em Belo Horizonte no último dia 22, em comemoração ao aniversário de 20 anos de um shopping na região norte da capital. O ingresso mais barato custava R$ 55, sendo meia entrada para pista. O mais caro saiu por R$ 270, em camarote com bebidas liberadas.
O repasse de dinheiro público de Belo Horizonte para Ivete já havia chamado a atenção do MP em 2009, que instaurou um inquérito envolvendo o então diretor da Belotur, Júlio Pires. Para o evento “Axé Brasil”, que teve ingressos vendidos de R$ 30 a R$ 600, a prefeitura da capital mineira destinou R$ 453 mil. Além de Ivete, os recursos foram destinados ao show da banda Chiclete com Banana.
O promotor de Defesa do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno, considerou o repasse “ilegal e imoral” e pede em processo judicial ressarcimento público. A ação em fase final pode ser julgada ainda neste ano
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