A China, país mais povoado do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, manterá estritamente sua política de filho único, anunciaram neste domingo os jornais governamentais, apesar dos apelos de flexibilização desta regra.
Este tipo de planejamento familiar impediu cerca de meio bilhão de nascimentos desde sua introdução, em 1979, estimam especialistas chineses.
Mas também mostrou-se uma verdadeira bomba-relógio demográfica devido ao envelhecimento da população, fazendo pressagiar enormes problemas econômicos e sociais, além de criar um desequilíbrio demográfico entre os sexos, segundo a oposição.
"A surpopulação é um dos principais desafios para o desenvolvimento econômico e social", afirmou à agência Xinhua o diretor da Comissão de Estado para a População e Planejamento Familiar, Li Bin. Ele prevê que a população chinesa atingirá 1,45 bilhão de pessoas em 2020.
Os opositores à política de filho único a acusam de ter criado um desequilíbrio entre os sexos por causa dos abortos das filhas mulheres, também abandonadas ou simplesmente mortas.Da AFP Paris
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