O mercado de trabalho dá sinais de acomodação, após forte período de crescimento. A desaceleração da demanda doméstica e o aumento do estoque na indústria, hoje no maior nível desde maio de 2009, reduziram as perspectivas de contratação nas fábricas para o último trimestre, quando normalmente as admissões crescem.
A queda da indústria já piora o emprego nos serviços. No comércio o cenário também é de perda de fôlego. Mas, por enquanto, as admissões de temporários para o Natal embaralham o quadro no curto prazo. “Não significa que o cenário será ruim para o emprego nos próximos meses. Mas o mercado de trabalho em boa parte de 2012 estará sob efeito de um PIB que cresceu 3,1%. E a perspectiva para o PIB no ano que vem não é grande coisa”, diz o economista da LCA, Fábio Romão. Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas com cerca de mil empresários de cada setor – indústria, comércio e serviços – mostram piora na perspectiva para o emprego nos próximos meses.
Em setembro, o indicador do emprego previsto na indústria atingiu o menor nível desde junho de 2009, quando a economia começava a se recuperar da crise. No terceiro trimestre deste ano, o indicador de emprego da indústria para três meses caiu 9% ante igual período de 2010, após ter recuado 2,1% no segundo trimestre na comparação anual. O indicador de perspectiva de emprego considera o saldo entre a parcela de empresas que pretendem contratar e demitir.De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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