A mídia brasileira não sabe o que fazer, em seu machismo, para diminuir a presidente da República, Dilma Rousseff. Fracassou quando espalhou, urbe e orbi, que ela seria um "poste", pau mandado do antecessor presidente Lula. Ao verificar que ela não é uma mulherzinha submissa e secundária, passou a acusá-la de ser ríspida e dura demais na relação com os subordinados. Percebeu que a chefe do governo começava a ocupar, na História, o papel de mulher pública, altiva e ativa, e aí tenta espalhar que ela não pune os suspeitos de desvio de dinheiros públicos.
O que querem os meios de comunicação que ela faça com os que são acusados de corrupção, mesmo sem provas? Que sejam fuzilados e a família obrigada a indenizar os cursos do fuzilamento? Que tenham as mãos cortadas? Não sei, nem os sábios jornalistas dizem. A presidente demite. O Ministério Público acusa. Se a Justiça não condena, ou se as penas da lei são lenientes, isto não depende dela, que é presidente da República, eleita pela maioria do povo brasileiro, para o exercício de gestão democrática. Se estão com saudades do AI 5, a gente até entende porque a imprensa pediu a ditadura e a apoiou em toda a linha. Achar, porém, que ela, noutros tempos, noutras condições, vá agir como general-presidente, constitui evidente exagero que ninguém quer, ninguém aceita.
O certo é que as atitudes firmes da presidente da República lhe asseguram prestígio, perante a sociedade pública, popularidade refletida no resultado das pesquisas de opinião pública.Lustosa da Costa – Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário