O analista de sistemas André Luiz de Andrade, de 39 anos, foi assassinado no sábado, 6, na frente da filha de 4 anos e de dois sobrinhos, de 7 e 12 anos, em uma tentativa de assalto no Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro. Funcionário da Empresa Municipal de Informática (IplanRio), ele havia deixado a mulher na porta do Norte Shopping e seguido de carro com as crianças para dar uma volta no quarteirão, enquanto ela fazia uma compra, porque não é permitido estacionar no local.
"No meio da volta, ele foi abordado por um homem, que chegou gritando pela janela: `Perdeu, perdeu.' O meu irmão era preocupadíssimo com as crianças, ele deve ter ficado apavorado, porque a filha e mais duas crianças estavam no banco de trás", disse hoje, durante o enterro de André, o irmão dele, o cardiologista Marcus Vinícius de Andrade. "Quem chamou socorro e cuidou das pequenas foi o menino de 12 anos, que não está bem. Ele parou de comer e fala que, quando fecha os olhos, fica vendo o André ser baleado, como se fosse um filme", acrescentou.
O cardiologista contou ter deixado o Rio por causa da violência, em 2005, quando se mudou para Florianópolis. "Não queria que meus filhos crescessem aqui. Achava perigoso. Tentei convencer o André a ir também, mas ele era apaixonado pela cidade. Dizia que milhões de pessoas vivem no Rio, que tinha a estatística do seu lado. Ele estava errado", avaliou.
Baleado, André ainda tentou guiar o carro, mas desmaiou e bateu em um poste. O menino de 12 anos telefonou para o pai e pediu socorro. "Ele chegou rápido e pegou as crianças, mas o André já estava morto. O tiro pegou na axila esquerda e perfurou o coração". De UOL Notícias
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