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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Hospitais venezuelanos vivem pesadelo de miséria

Os hospitais privados venezuelanos estão entrando no apavorador esquema dos hospitais cubanos. Para os cidadãos, inclusive os que dispõem de seguro médico, o pesadelo virou realidade. A carência de insumos médicos básicos derrubou a qualidade do atendimento. E os hospitais privados são a última esperança, pois os públicos já estão numa ruína calamitosa, como seus congêneres da ilha-prisão.

Nos centros assistenciais do Estado, as cirurgias de feridos em acidentes de trânsito podem ser adiadas por vários meses, devido à falta de equipamentos. Apesar das dezenas de milhares de “médicos” cubanos importados, os pacientes aguardam horas a fio nos Prontos Socorros, pois faltam médicos e material para emergências.

A Asociación Venezolana de Distribuidores de Equipos Médicos, Odontológicos, de Laboratorios y Afines denunciou o aumento de amputações de membros inferiores em clínicas e hospitais, por faltarem stents periféricos que dilatam as artérias e normalizam assim o fluxo do sangue para as pernas e os pés.

Cristino García, diretor da Asociación Venezolana de Clínicas y Hospitales, confirmou que, em decorrência da falta de insumos, estão sendo adiadas intervenções como implantes cocleares (que permitem recuperar a audição, especialmente de crianças), válvulas cardíacas, stents coronários e outros, forçando os médicos a aplicar métodos de 20 anos atrás.

Em 2014, de 239 insumos, fármacos e equipamentos médicos de uso quotidiano, 200 estavam esgotados e o resto só se localizava com muita dificuldade. Os fornecedores não podem importar porque o governo não lhes permite comprar dólares.

O “socialismo do século XXI”, falido por fanatismo ideológico, regula os preços que os hospitais privados podem cobrar. García afirma que 83% dos filiados encerraram 2013 no vermelho. ( * ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM

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