Nesta última quinta-feira (20) o Supremo Tribunal da Rússia decidiu a favor do Kremlin em uma proposta apresentada no início do ano que visava proibir legalmente a atividade de cerca de 175 mil testemunhas de Jeová do país.
As alegações, de acordo com o The Washington Post, eram de que a religião cristã pacifista possuía opiniões “extremistas” e, portanto, poderia ser uma “ameaça” para a “ordem e segurança pública”. Ao que tudo indica, o Tribunal pareceu concordar com o argumento e, como tal, considerou que qualquer pessoa que não honrasse sua decisão – que concedeu ao Estado o poder de fechar qualquer igreja relacionada a crença e interromper qualquer manifestação desse tipo de fé – enfrentará multas altíssimas e um máximo de 10 anos de prisão.
Ativistas de direitos humanos e funcionários do governo europeu rapidamente denunciaram a decisão do tribunal. “As testemunhas de Jeová, como todos os outros grupos religiosos, devem poder gozar pacificamente da liberdade de reunião sem interferência, garantida pela constituição da Federação Russa, bem como pelos compromissos internacionais da Rússia e pelas normas internacionais de direitos humanos”, disse o Serviço Europeu de Ação Externa em um comunicado.